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Após 5 anos, jovens capacitados voltam para casa com missão de ajudar no combate ao surto de cólera pós-terremoto

Izamara Arcanjo – Do Hoje em Dia – 26/02/2012 – 09:32

Oito haitianos que fazem parte do Programa de Capacitação para Jovens de Países em Reconstrução, mantido pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, em Belo Horizonte, partem neste domingo (26) para a capital do país de origem, Porto Príncipe. Eles e mais 15 conterrâneos chegaram ao Brasil no fim de 2007 para fazer cursos de graduação. No sábado, 24 horas antes do embarque, uma mistura de euforia e de saudade dividia os jovens.

Para Jonathan Olivier Dorvelus, de 24 anos, recém-formado em nutrição, não foi fácil sair do Haiti e deixar a família para trás para estudar em um país de língua e cultura totalmente diferentes, mas, segundo ele, também não será fácil regressar.

“Quando cheguei, não falava uma palavra de português. Nossos idiomas oficiais são o francês e o crioulo. A adaptação foi difícil, mas os laços de amizade que encontramos aqui… Não temos como desfazê-los”, afirma.

Por meio do programa, os alunos recebem o custeio dos estudos em cursos como administração, arquitetura, biomedicina, engenharia, fisioterapia e nutrição. Para hospedagem, contam com o apoio de famílias que os acolhem e dão suporte financeiro.

O objetivo do programa é formar lideranças para multiplicar, na terra natal, o que foi aprendido no Brasil. Após o terremoto que devastou o Haiti em 2010, a missão dos jovens também passou a ser a reorganização e reconstrução do país de origem.

De acordo com a biomédica Gabrielle Jean Pierre, o objetivo do grupo foi alcançado. “Temos, hoje, milhares de pessoas morrendo de cólera no meu país, e precisamos voltar para contribuir no combate às doenças, à desnutrição e à pobreza. Me sinto preparada”.

Ela admite, entretanto, que sentirá muita falta de quem a acolheu no Brasil. “Nunca esquecerei a solidariedade da minha família brasileira, que abriu as portas de casa para alguém que não conhecia”.

A professora Lúcia Leiga de Oliveira foi uma das pessoas a acolher os estrangeiros. Membro da Comissão de Avaliação Institucional do Izabela Hendrix, ela diz que encontrar famílias que queiram receber os alunos de fora é a maior dificuldade do programa de capacitação.

“Quando eles chegam, ficam no alojamento mantido pela escola em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, mas o ideal é que encontrem quem possa recebê-los para que compartilhem a cultura e a vida do brasileiro”, explica.

Terminados os estudos no Brasil, os alunos também têm condições de aplicar os conhecimentos de gestão na abertura e no gerenciamento de projetos de interesse social, graças a estágios viabilizados por meio de parcerias com órgãos públicos, como o programa “Contagem, Betim e BH: Um belo horizonte para o Haiti”.

Os haitianos fazem estágios nas prefeituras das três cidades, recebem treinamentos sobre gestão e têm contato direto com temas como arquitetura e urbanismo e orçamento participativo”, explica a assessora de Relações Internacionais do Izabela Hendrix, Ana Clara Oliveira Santos. Durante os estágios, os alunos contam com um auxílio acadêmico de R$ 450.

História sofrida

A história do Haiti é marcada por embargos econômicos, pagamento compulsório da dívida da independência (o país foi colônia francesa), sucessivas ocupações militares estrangeiras e a ingerência das potências norte-americanas e europeias.

Como resultado, dados divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU) revelam que, atualmente, 56% da população se encontra abaixo da linha da pobreza absoluta. Situação que se agravou após o terremoto de 12 de janeiro de 2010.

Os 35 segundos de tremor de terra deixaram centenas de milhares de mortos e 1,2 milhão de desabrigados. As perdas em termos materiais e de infraestrutura equivalem a 120% do valor do Produto Interno Bruto (PIB) haitiano.

Elie Marcel, de 22 anos, ainda cursa administração no Centro Universitário Izabela Hendrix, em BH. “Perdi muitos amigos no terremoto, mas sou grato por não ter perdido nenhum parente. Até hoje meus pais e minhas duas irmãs vivem em tendas doadas pelas missões humanitárias. Acredito que quando concluir meu curso, vou ajudar a mudar essa realidade”, afirma o jovem.

Fonte: Jornal Hoje em Dia  Foto: Maurício de Souza