O Prof. Victor José Ferreira foi Secretário Executivo do Cogeime e de 2003-2006, Diretor Executivo. Também foi Reitor do Centro Universitário Metodista Bennett, além de outras funções na área educacional da Igreja Metodista.
O Cogeime presta aqui a sua homenagem à memória do Prof. Victor, compartilhando a seguir a mensagem de sua esposa Celi Paradela Ferreira e o memorial elaborado pelo Prof. Clóvis de Oliveira Paradela, seu cunhado.
Prezados,
Sempre elegante, o Victor não saiu de cena bruscamente. Tremulou como uma vela que aos poucos se consome, dando-nos tempo de acalmar nosso estupor.
Desde a manhã nos informaram que a hora era chegada.
Conversamos com ele, mesmo estando adormecido. Explicamos-lhe que poderia partir, pois seria assim mais feliz; cantamos hinos e fizemos orações. Foi um longo preparo para um adeus tão difícil.
Finalmente intui que, enquanto ali estivéssemos ele não partiria, pois de alguma forma o estávamos segurando. Coincidência ou não, pouco depois que saiu a última pessoa ele se foi.
É impressionante como estamos em paz! Cremos na vida eterna e que nosso amado foi recebido por Jesus Cristo e seus anjos. Pensamos nele, que foi poupado de sofrer um doloroso tratamento. Quanto a nós, aprenderemos a buscar consolo na lembrança do que juntos vivemos.
Louvo a Deus pela oportunidade que tive de viver com ele por 50 anos de namoro, noivado e casamento. Foi realmente na alegria e na tristeza, na enfermidade ou na saúde que procuramos amar-nos e conservar-nos, mas nem a morte nos pode separar. Digo-lhe até breve, pois a vida corre mais veloz que nosso entendimento. E que me aguarde na eternidade.
Com amor,
Celi
PS- O corpo será levado para a Igreja Metodista da Praça José de Alencar, 4, Catete (Início da rua Barão do Flamengo e Marquês de Abrantes), onde haverá às 13h um culto de Ação de Graças pela vida dele.
As 16h o corpo será sepultado no Cemitério São João Batista. (A CONFIRMAR).
Informações: 2543-9852 ou 2258-0322
MEMORIAL de Victor José Ferreira
(11/02/1943 a 3 minutos do dia 25/10/2012)
“Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor.” Rm 14.8
“Espalhem a notícia dentre os cidadãos do Reino: tombou um príncipe em Israel”
Informamos que o querido Victor foi promovido a glória aos 3 minutos de hoje.
Nos últimos dias o seu corpo foi morrendo entrando em falência e sobrou o coração que insistiu em bater durante muitas horas ainda. Quem o conheceu sabe da pessoa amorosa que foi e por isso não poderia ser diferente: seu coração morreria bem depois dos demais órgãos.
Fez carreira na Rede Ferroviária Federal, desde os 12 anos quando entrou como aluno aprendiz na escola profissionalizante em Além Paraíba. Na Rede teve uma carreira brilhante ocupando vários postos entre Instrutor de Formação Profissional a Diretor de Recursos Humanos e Organizacionais. Após sua aposentadoria ocupou-se em trabalhos de consultoria tendo prestado serviços a empresas públicas, privadas e do terceiro setor.
Na igreja Metodista aceitou o convite para ser “pastor de dedicação voluntária” e posteriormente pastor suplente, numa época que faltavam pastores na Igreja. Posteriormente voltou a condição de membro leigo da Igreja.
Na condição de presidente do Conselho Diretor assumiu interinamente a Reitoria do Instituto Metodista Bennett nos anos 80, função que ocupou por um ano sem remuneração, acumulando com seu trabalho na Rede Ferroviária.
Na última década foi superintendente do Cogeime e Reitor do Instituto Metodista Bennett.
O Victor casou-se com Celinéia (Celi), minha irmã. Desde as primeiras imagens que lembro de minha infância, lembro da presença do Victor na vida de minha família, na condição de namorado e depois de marido de minha irmã.
Minha mãe sempre o apresentava como modelo a ser seguido, talvez por isso realmente ele foi para mim um modelo profissional e pessoal.
Pessoa extremamente amorosa, abnegada, que sabia promover a vida das pessoas a sua volta, inspirando, incentivando. Não me lembro dele falando mal de alguém ou com expressões maldosas que destroem reputações. Ao contrário, sempre destaca aspectos bons das pessoas.
Com sua generosidade ajudou a muita gente a tomar um rumo na vida, inclusive a mim em minha adolescência. Era um excelente conselheiro e como sabia nos inspirar confiança e visão de futuro.
Durante sua enfermidade nunca reclamou. Falava sempre que estava tudo bem. No dia 16 de outubro, dia que foi internado e entrou em coma pela primeira vez, ao ser perguntado pela sua filha Erika se estava sentindo mal, ele disse que estava tudo bem e mal acabando de falar, desmaiou.
Ele havia ficado em coma e retornou a consciência entre sexta a domingo passado. Minha esposa Emylucy, médica que o acompanhava nesses dias, sempre dizia “o bom de tudo” e ele completava “é que Deus está conosco”. No domingo passado após o culto da tarde fui visitá-lo e por isso fui o último a falar com ele. Após uma rápida conversa e uma oração, despedi-me “O bom de tudo…” e ele completou “é que Deus está conosco” e essas foram as suas últimas palavras em vida.
Deus esteve com ele. Hoje seu rosto estava com expressões de tranquilidade. Ele estava bonito, com boa aparência. Deus esteve com ele e agora ele está com Deus.
Coloco aqui uma lápide de honraria a esse guerreiro vencedor que “morreu de pé”, meu ídolo e herói da infância e adolescência.
“Deus o deu, Deus o tirou, louvado seja o nome do Senhor”
Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2012